Os meus cinco minutos
Olá bem vindo (a) ao meu podcast! O meu nome é Sofia e aqui vou dar voz ao meu blogue: www.osmeuscincominutos.wordpress.com. Vais poder ouvir muitos dos meus textos publicados tal e qual como surgem dentro da minha cabeça, quando os escrevo, para que possas sentir ainda melhor as emoções contidas neles. Aqui vou partilhar também momentos, conversas ou auto reflexões que faço mas nem sempre tenho tempo de escrever. Este podcast é um bocadinho de mim para ti.
Conheci a Daniela Andrade no ano de 2020 através do projeto "Famalicenses no Mundo" e, apesar de ela estar a viver no Dubai e eu na Alemanha depressa, nos apercebemos que tínhamos muita coisa em comum. Ao longo das nossas conversas fui-me apercebendo de como a Daniela era especial enquanto pessoa e profissional e, por isso, convidei-a para ser a primeira convidada do meu Podcast.
Podem saber mais sobre o trabalho dela através de : www.socialeducatorsconsultancy.com
Email: info@socialeducatorsconsultancy.com
WhatsApp: +971509620591
Ao meu avô João com todo o carinho.
O processo de luto não é igual para toda gente. E, por vezes, por muita compreensão que exista o tempo vai acabar por nos mostrar, realmente, como aceitamos ou não a morte de alguém que nos era querido.
E os nossos sonhos são muitas vezes o reflexo do que existe no nosso inconsciente.
Esta noite sonhei com o meu avô e de certa forma, apesar de ter sido de uma forma subentendida, percebi bem a mensagem.
Com toda esta situação de pandemia em que vivemos, atualmente, não foi possível visitá-lo na fase terminal de vida dele e ter ido ao funeral mas com este sonho entendi como sendo uma aceitação da morte do meu avô assim como também do que nutro por ele. Com ele ficou também evidente um dos meus maiores medos que é medo de não ter alguém por perto para me proteger, sobretudo nas horas que mais precisar, tal como ele e a minha avó tão bem sempre o souberam fazer.
De facto há muitas formas de podermos fazer o nosso luto mas o que é certo é que o que nosso coração e o tempo fazem só pode ser bem feito.
O importante é não esquecer que o luto é um processo e os processos são isso mesmo levam o seu tempo, uns mais outros menos mas o importante é a aceitação de cada etapa que faz parte dele.
Mas no meio disto tudo observo que está o mundo do avesso e mesmo assim reparo que ainda são tão poucos os que conseguem perceber as palavras de Camilo Castelo Branco quando ele diz que :
“a saudade pelos vivos é dor suave.”
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“Eu te deito o meu piolhinho, meu piolhaço
Meu carrapatinho, meu carrapataço
põe-te a pé seu preguiçoso que hoje é o primeiro de Março”
Era assim que acordávamos lá em casa no primeiro dia de março. Muitas vezes esquecíamos que era o primeiro dia de Março ou ficávamos na cama só mais um bocadinho mas a minha avó acabava sempre por nos bater à porta do quarto para nos “deitar o piolhinho”. Ela divertia-se imenso com isso.
Às vezes eramos avisadas no dia anterior: “vamos ver quem vai acordar primeiro e deitar o piolhinho amanhã e quem vai andar coçar-se durante todo o mês de março”. Sim, era isto que acontecia a quem fica-se com o dito piolhinho. Este era o risco que corria quem fica-se na cama a dormir mais um bocadinho. Mas isto ficava apenas em palavras, claro, porque pragas de piolhos para lá com elas.
Esta era a tradição do mês de março que se seguia lá em casa.
A minha avó era rica em muita coisa, mas os provérbios populares andavam sempre para trás e para frente em muitas situações. Adorava ouvi-la como falava dos tempos de juventude, dos ditos de amor da geração dela, dos ditados e das tradições. Mais ainda, confesso, quando ela não se inibia do que deitava boca fora. O meu avô, por vezes, até revirava os olhos, com tanto à vontade da parte dela, mas ele foi acabando por se habituar. Os meus olhos brilhavam quando a ouvia e eu via ali mais do que uma avó. Via uma companheira que sentia as coisas como eu! E queria aprender com ela.
Lembro-me, era eu ainda pequena, de um dia me aproximar dela com um caderno, enquanto ela estava a fazer o almoço, e de lhe perguntar: “Avó podes dizer-me tudo o que sabes? Quero escrever aqui tudo não vá eu esquecer-me”.
Eu sentia-me imensamente encantada com tudo o que ouvia da minha avó e ela até me poderia dizer tudo o que sabia mas as coisas fluíam de uma maneira tão simples, no decorrer das nossas conversas, que pedido assim parecia estar a forçar algo. Mas lembro-me que naquele dia ainda consegui alguns dizeres da sabedoria dela, e eram de amor!
Sentei-me num canto da mesa da cozinha de caderno e caneta na mão a ouvir como as palavras fluíam da boca da minha avó. Deliciava-me a forma como ela vibrava energia e como as palavras eram tão leves, fluidas e cheias de significado. Acho que foi aqui que despertei para a simplicidade de transmitir emoções através das palavras. Era mesmo simples, mas tão mágico!
O que ela vibrava de emoção ao soltar poesia boca fora. E o que eu dançava por dentro por poder desfrutar daquele momento de ouvir tudo o que ela partilhava. Naquela altura já tinha aprendido a ler e a escrever, mas na escola não ensinavam o que eu estava ali aprender.
Algumas coisas ficaram registadas no tal caderno é certo, mas muitas mais ficaram na caixa da memória. A tal que preservo como sendo o meu bem mais precioso e agora, mesmo sem me dar conta, quem as deita boca fora agora sou seu.
É assim que noto que a minha avó continua mais presente do que nunca e que o meu medo de perder o que ela me estava a dar afinal foi apenas isso, medo. Porque agora tenho a certeza de que ficou tudo aqui muito bem guardado.
Segue-me aqui:
Na minha vida há muita coisa e muitas pessoas que me inspiram pela simplicidade e luz que têm.
E, por isso, partilho aqui contigo uma história que para mim é um grande exemplo de coragem, amor, perseverança mas também de muito humor à mistura. É assim que resumo mais ou menos o que conheço do António Miguel.
Com 34 anos o António Miguel tem agora uma vida bem diferente daquela que tinha há uns anos quando era administrativo numa grande empresa de construção civil em Portugal. Hoje todas as suas habilidades são para lidar com a Esclerose Múltipla, uma doença neurológica, crônica, progressiva e autoimune.
E é pela admiração que sinto por ele e por toda a família que o convidei para estar aqui comigo nos meus cinco minutos de hoje.
Ele veio, juntamente, com o Diogo Soares que além de ser seu irmão é também um amigo meu e uma pessoa que admiro muito já desde o nosso tempo de faculdade.
Neste podcast , eles vão contar-nos como tem sido todo o caminho que têm vindo a percorrer desde que Esclerose Múltipla começou a dar os primeiros sinais na vida do António Miguel.
Espero que esta história te possa trazer alguma mensagem especial daquilo que precisas de tomar mais atenção neste momento da tua vida :)
Queres saber se alguém te ama de verdade?
E tu amas alguém de verdade?
Aqui deixo-te uma pequena reflexão que te poderá ajudar a perceber isso :)
Hoje decidi partilhar contigo uma pequena história que se chama a pequena Alma e o Sol de Neale Donald Walsch.
Eu gosto muito dela porque me ajudou, de facto, a ter uma compreensão maior da nossa existência aqui no mundo físico, a ver com mais leveza tudo o que me acontece e a perceber o papel de muitas pessoas que passam na minha vida.
Agora sei que todos nós somos pequenas almas. Somos seres de Luz e que estamos aqui para nos experienciarmos como realmente somos.
Espero que esta história te tenha inspirado a seres o que realmente és na tua pura essência <3
A mensagem que quero transmitir aqui é que, essencialmente, podemos de facto andar a replicar sempre o mesmo padrão de comportamento durante anos a fio, mas não devemos esquecer que o poder de virar a mesa do jogo está apenas nas nossas mãos!
Não há cedo , nem tarde. Há sim a hora certa de largar aquilo que não faz mais sentido no nosso caminho para sermos felizes.
De vila Nova de Famalicao, a viver no Dubai e agora está aqui “nos meus cinco minutos” para ser apresentada para todo o mundo.
Hoje foi o dia que perdi das pessoas mais importantes da minha vida...
Hoje vou contar-te afinal o que é o "meu segundo aniversário" e como nasceu o meu Blogue e o meu Podcast!
:)
Gosto de ti, sabias?
Vamos ao mar?
Hoje quero partilhar contigo uma metáfora que construi, na semana passada durante uma certificação que estive a fazer, e que fez sentido para muitas das pessoas que estiveram lá comigo. Até mesmo para as que não bebem café ou não tem por hábito deitar açúcar no café!
"A Vida é como uma chávena de café".